No meio de toda aquela discussão acesa, não foi aquele olhar profundo e preocupado que a agarrou; aquele olhar que a inquieta quando fixa o seu por demasiado tempo.
Não foi o riso dele contagiante e rasgado que a impediu de ir embora; aquele riso que tem tanto de malandro, como de inocente.
Não foram os braços dele que encaixavam no corpo dela, como se a única função deles fosse mesmo essa, que a prenderam naquele momento. Não foi tudo o que ele lhe disse, ou deixou de dizer.
Foi por tudo isso.
Foi pelos olhos que procuram constantemente ler os dela; pelo sorriso que não descansa enquanto não arranca um outro dos seus lábios; pelos braços que, mesmo cansados, lutam contra os seus medos e a agarram para ela não cair.
E foi por todo o pragmatismo com que ele o fazia.
- Não te posso dar o que tu queres! Não consigo! - não lhe dera nada, pensava ele. Porque não era capaz. Por mais que quisesse, não sabia como. Não podia.
Não sabia ele a falta que lhe fazia, o quão o seu dia melhorava só por poder falar com ele, que a simples presença dele na sua vida, virara incontestavelmente o rumo das coisas.
- Deste-me tudo, meu querido, sem nunca perceberes e sem nunca pedir nada em troca. Por isso tudo, te estarei eternamente grata, e guardarei cada lembrança de ti no meu coração. E por tudo isso, tenho de te deixar ir embora. Porque te amo, e tu não estás preparado para amar.
Com as lágrimas nos olhos, tomou a decisão mais difícil da sua vida, e teve a certeza que nunca mais o poderia ver.
Não sem que o seu coração cedesse... E por isso, despedaçou o dele em tantos pedaços quanto partira o seu.
Adorei :D Você é que escreve?
ResponderEliminarUm beijinho***
Sou sim! Todos os textos no blog são da minha autoria =) está à vontade para partilhar ;) peço só que referencie o link para o blog ;)
EliminarBeijos ***
Tem um talento enorme! :D
EliminarAdorei o seu blog..
Beijinhos**
Muito obrigada pelas palavras querida! :D
EliminarPrometo que vou tentar manter sempre o nível de interesse! :)
Bem haja! :*