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14 de abril de 2015

À espera da Primavera

Falta um quarto de hora para as seis da tarde, e está um dia primaveril carregado de flores.

O sol está baixo e queima-me os braços enquanto espero por ti. Concordámos ir beber um café na pastelaria perto da tua casa às cinco e meia. Os minutos passam e a minha perna inquieta já coseu um fato completo à espera que tu apareças. E eu sei que vens, mas... Porque é que me fazes esperar por ti?


Espero por ti pela manhã, quando olho incessantemente para o telemóvel à espera que me dês um sinal que pensaste em mim quando acordaste. Espero por ti ao entardecer, nunca vestindo o pijama antes de jantar, na esperança que te apeteça ir àquele restaurante italiano partilhar uma refeição. Espero por ti quando cai a noite, desejando que implores o meu corpo junto ao teu na mesma cama.

Espero, e espero, e espero. Vou esperando.
E queres saber um segredo? Eu não me importo de esperar.

Porque é nos meus dias de chuva que o teu abraço me aquece.
Porque é no meu frio medo de fracassar que o teu sorriso doce me ilumina.
Porque é no escuro da minha tristeza que a tua alegria contagiante me invade.

Porque esperar por ti, é como esperar por dias melhores.

Por isso te espero. Todos os dias.
Espero por ti, como o Inverno espera pela Primavera.

Espero-te tanto como te quero.
Quero-te tanto como te amo.

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