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1 de março de 2016

Quem é ela?

Quem é ela?

Aquela moça um tanto estranha?

Ela é aquela que carrega o mundo no peito e que o sente palpitar.

Ela chora com a publicidade da coca-cola e ralha com o árbitro do jogo que passa na televisão.


Ela fica com dores na barriga de tanto rir com a anedota que o amigo lhe contou.

Ela derrete-se com um beijo doce, e aborrece-se com uma despedida curta. Ela é um tanto complicada de ser, mas tão fácil de se perceber.

É, ela não sabe sentir pouco. Nada nela é pouco. Tudo é demais.

A calma, a vontade, a luz que ela carrega no sorriso e a sinceridade que lhe brilha nos olhos. Nada cabe nela, e por isso ela sente muito. Quando ama, ama por completo, todos os dias, com cada átomo do seu ser e com cada fibra da sua alma. É assim que ela vive. E quando ela ama, tudo vive. Nela e nos outros.

Ela não sabe bem o que quer, mas sabe bem o que não quer. Não quer amar pela metade, nem dividir o inteiro com quem nada lhe dá. Ela quer simplesmente ser. Por isso, deixem-na ser. Deixem-na ser demais.

Ah, mas meu caro, mas quando lhe dói... Dói-lhe mesmo. Porque ela não sente pouco, lembras-te? Ela não sabe como. Se lhe doeu a sério, ela vai chorar muito. Sofrer até... E como num dia chuvoso, o sorriso dela ficará escondido como o sol. E se morreu nela, morreu nos outros.

É, ela não sabe sentir pouco. Nada nela é pouco. Tudo é demais. 

Até a confusão.


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