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19 de fevereiro de 2016

Sol de Inverno

Acordei com os raios de sol a acariciar-me o rosto, e lembrei-me dos dias em que acordava com os teus olhos a fixarem os meus.

O lençol não é quente o suficiente para acalentar a tua ausência na cama que já foi nossa, nem o sol será radiante como tu um dia foste nos meus acordares.


São mentirosos e enganadores, tu e o sol. Especialmente o sol de inverno. Entram sorrateiramente pelo quarto e pela vida adentro, e aquecem por breves momentos. Breves, de facto. Deste-me a ilusão que estarias aqui para sempre, depois de me teres acordado tão delicadamente. Mas, tal como o sol de inverno, escondeste-te antes de o meu corpo estar preparado para o frio e para a noite.

Mas estaria eu alguma vez consciente da escuridão que seria viver sem ti? Estaria o mundo preparado para a inexistência de sol?

Conseguirei eu viver sem ti? Sem sol nos meus dias?

Não sei... Resta-me apenas este sol de inverno; fugaz e ludibriante. Como tu o foste. 

Só peço ao verão que traga de volta o sol, e que voltes tu também para iluminar os meus dias.

2 comentários:

  1. Fiquei arrepiada ! Adoro a forma como escreves e te expressas.

    Lindo texto,

    parabéns !! :)

    vou seguindo atentamente ,

    beijinho* :)

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    Respostas
    1. Muito obrigada! :)*
      É bom saber que consigo chegar ao sentimento dos meus leitores! :)
      Beijos e muito carinho!

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