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18 de novembro de 2019

A campainha tocou

O dia tinha sido longo. Lidar com pessoas era o que ele mais detestava, mas o seu cargo a isso o obrigava, e nada podia fazer para escapar a tal tortura. A única coisa que lhe animava o dia, era o sorriso que ela lhe dava sempre que se cruzavam no elevador do prédio onde ambos trabalhavam. Subordinados a ordens superiores, quase nunca se viam no trabalho, e tais desencontros apenas aguçavam a vontade que tinham um do outro.


Ao chegar a casa, despiu o fato preto e entrou num duche longo e merecido, repleto de prazeres auto proporcionados.

A campainha tocou. Ele dirigiu-se à porta, apenas enrolado numa tolha, com o tronco nu, entesado e a escorrer, resmungando com o mundo e amaldiçoando quem lhe interrompera o duche que ele tinha guardado para relembrar a mulher que o fazia perder a cabeça.

Depressa as memórias tomaram vida e cor diante dele, ou não teria sido ela a origem das pragas que lhe saíram da boca momentos antes. Quase tão depressa como o olhar dela lhe tirava a toalha e lhe cobiçava o volume que já não se escondia.

- Desculpa, interrompi alguma coisa? - mordendo o lábio, deslizou um dedo pelo peito dele, acabando a brincar no ventre dele, tentando de alguma forma não parecer desesperada.

- Nada que não possas terminar, minha querida...

Com um braço apoiado na parede, puxou-a para ele com o outro e molhou a camisa dela quando a apertou contra ele. A porta bateu e antes de passarem para a sala, a camisa dela já não tinha dois botões, tal era a fome que ele lhe tinha. A tolha dele caiu no chão, revelando a vontade de ser comido também.

Todo nu, ela contemplou-o, como se de um deus se tratasse. Os músculos definidos no peito, pareciam esculpidos à mão. Os braços eram fortes o suficiente para elevá-la do chão com facilidade, e foi isso mesmo que ele fez, deitando-a no sofá. 

Ela gemeu quando sentiu as mão dele subirem pelas pernas, apenas para lhe subir a saia. 

- Não trazes cuecas... Linda menina...

- Sei do que tu gostas, meu amor.

Ele continuou a subir, beijando cada centímetro do corpo dela, até chegar onde ela mais queria tê-lo. Enquanto a fodia com a boca, agarrava-a pelo rabo com uma mão, apertando uma mama com a outra. Os braços dela perdiam-se entre abraços ao corpo dele e sufocos na almofada. Ela gemeu o nome dele e ele libertou-a, apenas para a virar sobre si própria, deixando-a de costas voltadas para ele. 

Ele deitou-se sobre ela, abraçando-a, e ela pôde sentir a sua verga dura e quente nas nádegas. Voltou-se para trás, prendendo-o num beijo demorado e selvagem, com a mão a segurar o pescoço dele. 

- És minha. Só minha. Nenhum outro te terá; não como eu. - as palavras roucas e segredadas ao ouvido dela soavam a promessa. Como se fossem uma ordem desesperada que ele lhe dava, tal era o medo de a perder.

- Sou tua e só tua. A tua mulher. A tua amante. A tua puta. Tua para ser o que quiseres, enquanto me quiseres...

- Sempre, meu anjo. Para sempre...

Ela voltou-se para ele, e montou-o como se a sua vida dependesse disso. A camisa aberta revelava o seu peito, hirto de desejo, com o qual ele brincou, mordiscando e lambendo enquanto ela gemia. Ele segurou-a pelo rabo, entrando ainda mais fundo nela e; perdido no meio das mamas dela, deixou-se ir e acabou por se vir.

Suados, extasiados e satisfeitos, demoraram-se num abraço. Ele deixou-se cair na cama, e ela caiu ao lado dele.

- Amo-te.

- Eu também...



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